domingo, 4 de abril de 2010

Isso mesmo estive em Cuba.
Um dos episódios que me aconteceram foi de que tive a oportunidade única de conhecer, "POR MERO ACASO" os tipos que financiaram e fizeram este documentário. São 56:43 m (paciência tem comerciais pelo meio). Jantámos no mesmo restaurante "Café del Oriente" dia 31 de Março, estavam a comemorar. O discurso final do presidente da EUREKA Foundation e do Echo films foi inspirador falou da mudança, da abertura, da esperança e da ligação ao vizinho que está tão perto e tão longe!
Este documentário foi transmitido pela tv cubana e dos EUA (não sei qual estação) no dia 1 de Abril. Está à venda para qualquer estação de tv mundial. Vejam, vale mesmo a pena! Aqui está o link:
Na Plaza Vieja, uma das que está neste documentário, ia eu calmamente passeando e olhando para tudo quando um dos trabalhadores da reconstrução, perguntou-me de que país eu era. Respondi e ele de imediato disse, do país do Figo. Reagi parando. Eram 3 jovens de fato macaco azul (iguais aos que estão no filme) e falámos um pouco. Fartou-se de dar dicas sobre onde comer, onde ir ouvir música, etc.
Ele fez entretanto uma descrição muito interessante do país: temos boa educação, bom sistema de saúde, bom clima, gostamos muito dos turistas, temos alguma qualidade de vida graças ao turismo. Temos duas coisas más, não temos liberdade expressão e não podemos sair daqui se quisermos. Em Havana há 2 milhões de habitantes, 1 milhão são policias e o outro milhão são os "naturais" (os municipes).

Sabem o que se sente?
Que no meio de tanto sofrimento e tanto isolamento, os cubanos amam o seu país e a sua cultura! Não desdenham a sua história, (ao contrário de outros países, como este onde estou por exemplo).
Embora o turismo seja a sua principal fonte de receitas, não vivem só em função do turismo!
Não são politicamente correctos.
Exemplo disso no tour de Havana (havia gente de vários países) disse o guia sobre o Cristovão Colombo: Não se sabe ao certo onde nasceu há várias teorias de que seja português, espanhol ou italiano. Descobriu estas terras e o nome do continente foi-lhe roubado por um outro o italiano Américo Vespucio, isto aqui devia chamar-se Colombus e não América. E também não se sabe ao certo onde está enterrado, uns dizem que aqui em Havana no cemitério Colon (que tem 52 hectares) e que ele está numa das velhas tumbas mas a Costa Rica reclama que os seus restos mortais estão por lá. Acreditamos que nunca se vai saber nenhuma da 2 coisas.
Mais uma aventura passou.
Venha a próxima!

2 comentários:

Rui disse...

Estive lá há 2 anos (Havana e Varadero).
O relato corresponde rigorosamente ao que eu assisti e conversei.
Espantoso, como aquela gente extraordinária e boa tem consciência da situação em que se encontram, da falta de liberdade e carências e não sairiam de lá, mesmo se pudessem !
Conversei muito com uma guia turística, que vive e é de lá, que sai para a Europa e tem que voltar (tinha uma filha) e apesar de tudo tão negativo, diz que não sairia de lá.
O povo é fantástico !
.

leitanita disse...

Fabuloso ambiente apesar de TUDO!!!
Passam fome? Estao prisioneiros do seu país? Vivem em condiçoes de degradaçao?

Nao se nota! E olhem que andámos à solta por Havana sem guias turisticos! Porque comprámos só as dormidas e o voo, tudo feito por nós directamente, sem qualquer agencia de viagens ou qualquer operador. Aqui onde estou esse nao é destino para NADA! Sao odiados, aliás toda a gente me olha com maus olhos e sou criticada quando digo onde fui!