Um carvalho robusto e orgulhoso fazia pouco caso dos fracos juncos da beira d' água. "Qualquer pequena brisa dobra vocês e lhes faz abaixar a cabeça. Vejam que isso mal balança minhas folhas." Os caniços do brejo não se importavam com a comparação e sabiam que sua natureza lhes dava a flexibilidade para compensar a fragilidade das varas. O tempo muda a cada estação. A cada ano as nuvens das tempestades iam ficando mais pesadas. O roble altaneiro continuava a desprezar os juncos e a exibir-se vitorioso. Porém um dia o Siroco feroz soprou muito mais. Os juncos dobraram seus troncos e quase deitaram no chão diante de tanta fúria da natureza. O carvalho lutou. Durante um bom tempo só perdeu alguns galhos arrancados pela violência da tempestade. Até que um vagalhão mais forte lhe torceu o corpo todo e arrancou pela raiz, jogando-o aos pés dos juncos. O mais forte jazia ali derrotado só uma vez, mas para sempre.
Conclui o fabulista - O fraco é forte porque se torna flexível, mas, o que se julga forte só o é até o momento em que a força contrária ultrapasse sua resistência.
Frente às adversidades, seja como os juncos que dobram sua fronte ao destino e retornam a sua posição quando passa a tormenta.
Eu acrescentaria, crescem e tornam-se mais fortes.
2 comentários:
olha que fotografia tão linda...eu tenho outra...a força não está no mar que tudo destroi mas na rocha a que tudo resiste...faz o favor de ser feliz, amiga, (Raul Solnaldo)
Obrigada e tu também! ;)
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