Ericeira

Li hoje que o José Hermano Saraiva afirma que a Ericeira não é para banhistas e sim para convictos! Tem mesmo razão. Aquela terra tem um não sei o quê que fica entranhado em nós para toda a vida (pelo menos em mim ficou). Coisas da minha infância e juventude!

Que saudades dos meses de Julho e Agosto em que se ia de malas e bagagens para estar na praia. As chinelas de enfiar no dedo (não havia essas mariquices das Havaianas) e/ou a alpercata de sola de corda, que chegavam ao fim dos 2 meses prontas para o lixo.
Os calções de ganga (das jeans mais velhas a que se cortavam as pernas) que se usavam dia e noite.
O bikini ou calção que passavam de ano em ano já desbotado mas sempre pronto a usar.
A toalha de praia já velha, desbotada, mas era a melhor. Nem pensar em comprar uma nova! Lavava-se quando já parecia um "bacalhau seco" de tanto sal e no dia seguinte, ainda humida, lá ia ela para a praia outra e outra vez.
A Casa Gama, o saloio, o Xico, o mar à Vista, a lota ao final do dia. Os pêssegos rosa e as peras carapinheiras...
O VENTO, o nevoeiro, o mar picado, a bandeira vermelha, o friozinho, o cheiro a sargaço!
A praia do peixe, a do algodio e a minha favorita S. Sebastião! E a do sul onde eu quase não ia...
E não esquecer o OURIÇO (Discoteca)!!! Fez ontem a sua festa de comemoração dos 50 anos! Credo estou mesmo a ficar nostálgica...